Tecnologias de Informação e Comunicações

21 setembro 2006

GNU/Linux - Um critério para escolher a sua distribuição!

Um critério para escolher a sua distribuição

Não sendo possível responder de forma ampla e concreta a pergunta qual é a melhor distribuição de Linux então a melhor, para cada um de nós, sempre será a que atender mais perfeitamente às nossas necessidades.

A resposta depende do que pretendemos fazer com o sistema, da sua capacidade e interesse de administrar o sistema, e até mesmo da nossa atitude em relação a algumas questões políticas e filosóficas.

A maior parte das distribuições de Linux consegue disponibilizar o mesmo conjunto de serviços, embora às vezes de maneiras bem diferentes. Algumas já vêm com todos os aplicativos e serviços incluídos nos CDs de instalação, outras exigem downloads e instalações adicionais.

Algumas se distinguem por uma ênfase em aspectos específicos do sistema, como a facilidade de configuração, a quantidade de aplicativos, a segurança, a personalização e vários outros.

No site www.LWN.net podemos encontrar uma lista actualizada e dividida em categorias das distribuições de Linux, das mais conhecidas às mais obscuras. Já no www.LinuxISO.org encontraremos links para download de imagens de CD da maior parte delas.

E já que são tantas as opções, como escolher uma? O primeiro passo é saber o que recomendam as pessoas a quem você pretende pedir ajuda na hora das dificuldades. Sejam os colegas, ou um grupo de utilizadores, ou até mesmo um website ou revista, tente descobrir o que eles usam – se a distribuição indicada satisfizer os seus requisitos, poder contar com o suporte deles pode ser interessante.

Em seguida, faça uma lista de perguntas sobre os diversos aspectos que podem ser do seu interesse na hora de seleccionar uma distribuição. É claro que eles variam de acordo com objectivo: “seleccionar uma distribuição "para ver qual é a cara desse tal de Linux" no seu micro pessoal é bem diferente do que escolher onde rodar o banco de dados do CRM de uma empresa com 1000 funcionários”.

Algumas perguntas que devemos deve tentar responder com a ajuda dos websites das distribuições, das revistas especializadas, da comunidade Linux e (por que não?) com uma mãozinha do Google são:

- Esta distribuição suporta todo o meu hardware?
- Ela inclui os pacotes de software de que necessito?
- O processo de instalação e configuração está de acordo com minhas aptidões?
- Ela tem documentação em um idioma que eu entendo?
- O suporte prestado (gratuito ou pago) atende minhas necessidades?
- Há uma comunidade de utilizadores na qual eu possa participar?
- Ela disponibiliza actualizações de segurança quando necessário?
- Ela continuará sendo actualizada?
- Ela é livre? É grátis? O preço é aceitável?

Estabelecendo os seus de critérios objectivos, todas as distribuições podem competir em pé de igualdade, e poderá seleccionar a que “pontuar” melhor nos critérios que fizerem mais sentido para a sua situação específica. Procure as informações, conte os pontos e faça sua escolha!

Mas é errado preferir uma distribuição?

Claro que não, todos fazem suas escolhas. Eu mesmo “tenho a minha favorita - Ubuntu” (neste momento), embora não ache que elas sejam as melhores de todas. Já observei que há pessoas que tentam instalar todas as distribuições possíveis e não se fixam em nenhuma, e outras que são ferrenhas defensoras de alguma distribuição específica.

Mas na próxima vez que alguém lhe perguntar qual a melhor distribuição, pare para pensar: ao invés de simplesmente dizer que “a sua preferida é a melhor”, que tal ajudar a pessoa a fazer sua própria escolha?

Ensinando a pescar, ao invés de simplesmente dar o peixe que estava mais à mão, talvez você preste um serviço de mais valor a quem perguntou – e ao Linux.

Fonte: (c) 2005 Augusto Campos (brain@br-linux.org). É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos da Licença de Documentação Livre GNU, Versão 1.2 ou qualquer versão posterior publicada pela Free Software Foundation, sem secções invariantes.