Tecnologias de Informação e Comunicações

12 setembro 2006

Notas Soltas - "Estudo diz que pirataria favorece Windows"

"Um estudo académico promovido por dois pesquisadores da Harvard Business School sugere que, ao contrário do que diz o senso comum, a pirataria de software favorece o Windows e os produtos da Microsoft.

O estudo se baseia na comparação entre as vantagens e desvantagens oferecidas por distribuições Linux em contraposição ao Windows.

O trabalho, escrito pelos professores Ramon Casadesus-Masanell e Pankaj Ghemawat, afirma que a pirataria tornou o Windows tão popular que este sistema beneficia-se, hoje, de ganhos de escala e popularização que não seriam viáveis se, de facto, todos seus usuários tivessem que pagar por licenças.

O estudo leva em conta dados de utilização do Windows em países com elevada taxa de pirataria. Nestes locais, a penetração do Linux é menor. Se o cerco à pirataria for fechado, a tendência é de crescimento da participação do Linux em desktops, avalia o estudo.

A análise diz ainda que a predominância de mercado exercida pelo Windows pode ser considerada “um factor positivo em uma perspectiva de bem-estar social”.
Para os pesquisadores, com o monopólio os esforços para desenvolver um novo software e melhorar a plataforma são direccionados para um único sistema, o que traria ganhos para estabilidade e interoperabilidade dos aplicativos que rodam neste sistema.

O estudo, porém, faz elogios ao Linux. De acordo com os professores de Harvard, o Linux beneficia-se de um ciclo de desenvolvimento mais rápido e de baixo custo, graças às contribuições de membros da comunidade.

Para os pesquisadores, o Linux apresenta grandes vantagens para compradores estratégicos (grandes empresas, governos) que sentem-se mais seguros em ter acesso ao código fonte dos sistemas que usam.

O estudo, publicado sob o nome de “Dynamic Mixed Duopoly: A Model Motivated by Linux vs. Windows” na revista Management Science gerou grande polêmica. Tanto defensores do Windows como do Linux criticaram aspectos pontuais do estudo."

Fonte: Info Online http://info.abril.com.br/aberto/infonews/092006/12092006-1.shl